terça-feira, 10 de julho de 2007

Quixadá


Apenas uma definição é consenso quanto à origem do nome Quixadá.

É uma palavra derivada de alguma das línguas indígenas faladas no território cearense antes do descobrimento. Exceto isto, há grandes controvérsias. Em alguns documentos antigos figura como Queixada ou Quixedá. Para Paulino Nogueira, em seu livro vocabulário indígena em uso na província do Ceará (1887), presume que o nome vem da tribo Tapuia dos Quixaras. Para Teodoro Sampaio, a palavra pertence a Língua Cariri e não tem significado. Segundo Martins, significa "Oh! Eu sou o Senhor, Qui = oh, Xé = eu e Uará = senhor, tendo-se corrompido em Quixadá.


Pompeu Sobrinho atribuiu, em princípio, a esse topônimo a origem tupi e deu-lhe a seguinte interpretação: Qui = ponta, Chai = gancho ou torcida e Ita = pedra, donde se conclui: pedra da ponta encurvada ou torcida. Essa interpretação se relaciona com a paisagem quixadaense onde existem pedras singulares como por exemplo, a Galinha Choca, Bico de Arara, além disso, segundo o autor, também pode ser a corruptela da palavra queixada ou quintal de rocha. Eusébio de Souza diz ser o vocábulo de origem tupi-guarani que significa pedra da ponta curvada. Os antigos habitantes falavam em Curral de Pedra, haja vista a localização da cidade que de fato, está cercada de pedras.

Começou com a colonização da área compreendida atualmente pelo município de Quixadá através da penetração do Rio Jaguaribe, seguindo seu afluente o Rio Banabuiú e depois o Rio Sitiá., cujo objetivo principal era a conquista de terras para a pecuária de corte e leiteira.

A região foi habitada pelos índios Canindés e Genipapos pertences ao grupo dos Tararíus, resistindo à invasão portuguesa no início do século XVII, sendo pacificados em 1705, quando Manoel Gomes de Oliveira e André Moreira Barros ocuparam as terras quixadaenses.

A primeira escritura pública foi a do Mosteiro Beneditino, hoje Casa de Repouso São José, Serra do Estevão, onde hoje é o distrito de Dom Maurício, em 1641. Manoel da Silva Lima, alegando ter descoberto dois olhos d'água, obteve uma sesmaria, era o processo de compra na época.


Essas terras, inicialmente de Carlos Azevedo, eram o "Sítio Quixadá" adquirido por compra conforme escritura de 18 de dezembro de 1728.

Foi vendido, a José de Barros Ferreira em 1747. Oito anos depois José de Barros, construiu casas de morada, capela e curral, lançando assim as bases da atual cidade de Quixadá. José de Barros é considerado o legítimo fundador da cidade. A fazenda prosperou e se transformou em distrito do município de Quixeramobim.

27 de outubro de 1870, Quixadá foi desmembrado de Quixeramobim por força da lei provincial nº 1347, tornou-se município. Deste período até hoje, teve cinqüenta e três governos municipais, sendo o fazendeiro Laurentino Belmonte de Queiroz, o primeiro prefeito no período de 1871 a 1873.

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